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Data 10/03/2011 03:59:00 | Tópico: Poemas
| As minhas mãos são profundos latifúndios de onde saltam letras, e encostas precedem ao meu sono. Meu olhar sem guia perde-se para além das cores e das formas, sobre vales que não posso descrever.
...as palavras destoavam, e eles riam dos meus brinquedos...
Não sou vasto e nem intenso, um ébrio talvez, entre o Céu e a esfera, feito um aríete louco a buscar por lucidez, se é que ela existe. Vou ao mar em busca de conselhos, mas à minha insensatez ele se cala, e já penso que esses sonhos medonhos jamais me deixarão.
...torturado, verti água, sangue e gritos, e finalmente ví quando nos dentes de um melro ia-se minh´alma...
Algumas noites escurecem, simplesmente, sem as cores que embelezam todo ocaso, nessas noites, enquanto a ilha inteira dorme, eu sobrevoo as minhas salinas.
(T. Yudi)
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