Régua que me medes saudades

Data 10/03/2011 15:06:46 | Tópico: Sonetos

Recebes-me no cais e aberto amplexo
Onde o meu coração ancora à justa,
E se deixar-te em breve já me custa,
Consola-me o perdão do teu reflexo

Em cores que o rio dilui em brilhos,
Apagando uma sombra de saudade
Que perpassa os meus olhos sem vaidade
De ser a mais pródiga dos teus filhos...

Mas maduro é o amor que nos reune
Para cá das agruras do Marão,
No lar onde te acendo o mesmo lume...

E d'ouro é o cordão que nos enlaça -
Gavinha que me faz do coração
Cacho d'uvas que nunca chega a passa.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=178868