Estranha vida

Data 20/03/2011 23:23:46 | Tópico: Sonetos

Abstracta, a vida no precipício
Tudo é, paradoxo e analogia
Embrenho-me no som da melodia
Para deixar ao tempo, o sacrifício.

Difuso o chão, Céu de benefício
Entrevê na galeria, tão sombria
Aonde se domina, já sem acalmia
Que não cabe num grande, orifício.

Naufraga, a sombra no Mar distante
Cruza, a vontade deportada, crua
Beta, atrocidade semelhante.

Armadilha, a vida de fantasia
Na estranha maneira de ser, já sua
Fatiga, a arte do destino que a guia.




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