Fecho os olhos carnais, e vôo com os Espirituais para te contemplar a vida. Atenta aos sussurros do Espírito voa a minha alma, agora sem ais. Plana e visualiza agora campos amarelos de trigo-sol que da Tua luz se inflama e ilumina qual gira-sol a erguer-se, neste amarelo que me aquece. Tenho como cobertor o castanho denso que avisto no seu centro do miolo que vem do seu interior e soltando-se cobre-me de partículas debaixo desta noite densa e fria que me aquece depois que o sol se foi. Banho-me no espírito e nele me afundo, para ver o mundo apenas com os Teus olhos aprofundados na maciez do Teu olhar, Oh Deus! Sepulto toda a indignação, que carrego deste mundo, já nada mais quero ver, senão esse brilho dos Teus olhos junta-os aos meus oh Pai e carrega-me nos teus braços. Dos meus olhos derrama a Tua luz para agasalhar os do mundo caminhando lado a lado, debaixo desta trilha iluminada. Cessa todo o terror, afunda as catástrofes, cobre de branco a terra, purifica o ar, aniquila as doenças a fome e a miséria e faz deste tormento um unguento... Faz da terra o céu e a bom porto nos conduz derramando a Tua luz, para nEle felizes podermos habitar, livres de todo o mal.