Cada vez mais me encantam as pessoas, que sofrendo horrores, à sua dignidade e personalidade, não se tornam amarguradas, antes um suave rio, que pulula, até à sua foz.
Privadas dos seus mais elementares direitos, que lhes assiste, como a qualquer cidadão de bem-querer, sempre uma palavra de simpatia e um sorriso, lhes alinda a face, sofrida.
São pessoas humildes e altruístas, que não têm mal nenhum consigo, e sendo prestativas estão sempre prontas a ajudar o próximo, na sua maior riqueza, que é o ensinamento, que a vida lhes deu.
E a cobiça não lhes cabe, nem vivem de rancores e futilidades, que degenera os valorais morais de cada um, transformando à vez as gentes, mas não estas, que vos escrevo, que têm mãos de terra.
Normalmente são pessoas leigas, mas não estupidificadas, que vivem lutando para ser alguém e trabalham ou estudam, para suprimir suas falhas, a nível de concepções.
Vide concepções, como ideias e ideais, de compreensão e imaginação e à faculdade de conceber coisas, estas são pessoas férteis nesses desígnios e aplicam-nos, não ouvidas porém pela sua baixa casta.
São de nível social inferior, e trazem consigo esse tremendo estigma, que as entristece mas que não as faz virar o rosto à luta diária, para serem escutadas, nos seus ensejos, que é ajudar o vizinho.
Jorge Humberto 24/03/11
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