Profana-me no abismo profundo Onde me escondo Chama-me todos os nomes Que já conheces E não me deixes só Neste caminho enviesado Neste epicentro Onde se acabam Todas as vontades do mundo
Dá-me desse jeito de ser Doce rosmaninho Porque sou nada Nas paisagens graníticas Essa constelação das serras A afundar-se no movimento nocturno
És a Luz dos meus olhos A força dos meus braços E eu sou só uma pequena partícula De um fragmento de luz A erguer socalcos Nos terminais sacudidos Pelos remoinhos de vento
Preciso dessa labuta diária Apartando o pó do caminho Para que traçando um nome Te sinta mais desse desejo a crescer Fluindo no meu centro Escorrendo-se na única verdade Que há em nós
|