Na suavidade de uma brisa serena em teu rosto pousa sua mão e minhas mãos na tua pele amena sentem o vibrar da dúctil emoção.
As árvores sibilam alegres canções mostrando o inverso das flores que nos jardins são como corações das mais ilustres variadas cores.
E os pássaros cantam à passagem e nós vamos pelo vento e friagem que a tarde ensandeceu e esfriou pelo ilustre caminho que nos levou.
Vamos de passeio simples adorno e ansiamos pelo desejado retorno à brisa de há pouco com dedicação para que entremos em meditação.
Mesmo ao lado de um rio um tanto revoltoso resolves ir para um canto e estendendo uma toalha no chão atrais-me delicada para a tua mão.
No teu bem-querer a brisa envolveu de novo nossos corpos e tu e mais eu beijamos-nos ao sol que transcende o nosso desejo que eis ele pretende.
Na tarde excitante que nos abrange no calor irradiante nada constrange nossa vontade de água e o novo rio apronta-se a receber o nosso desvio.
Banhamos-nos os dois como crianças mantendo vivas todas as esperanças de numa nova tarde voltarmos aqui trazendo sândalos e o lindo jasmim.
A horizonte já escurece as mil fontes tomando rumo descemos os montes e de volta a casa eu aliso-te os cabelos como se tratassem de fios dum novelo.
Jorge Humberto 25/03/11
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