ALARMANTE QUIETUDE QUE ME MENTE
Data 29/03/2011 01:32:52 | Tópico: Poemas
| ALARMANTE QUIETUDE QUE ME MENTE
É a minha insurrecta voz Quem não busca desenvoltura
Impinge mudez prolixa;
Assume rigidez polar;
Cimenta minha ossatura...
Meu agastado silêncio é Soberano e raquítico;
Repleto de argumentações;
Gestado sem menções ou mesuras Num hipnótico estado paralítico
Promete dissolver-se à míngua A pregar-se por meu semblante,
Na froixura dos músculos labiais, Na insinuante molúria da língua, No tresloucado queixo errante
Ao fim, ganha exultante estatura Com ares de "nouvelle vague"...
Olhar lancinante de lince Que de meu inquebrantável fitar parte Para calar qualquer duvidosa frase...
Minha supressão vaza pelos canos
Resolve-se num hímen convicto Ao epicentro de uma quietude mecânica Que condena as aflitivas lamúrias A penosos e improferíveis veredictos...
Ao tórax um inerte balanço modula As seguidas e inexistentes vagas De meu pacato oceano silente...
Meu ser bem obediente estimula A insípida e eremita saga Da alarmante quietude que me mente
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