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Data 31/03/2011 13:32:27 | Tópico: Poemas

Aracaju, aniversário, crescimento urbano, especulação imobiliária, meio ambiente etc. e tal
Por:LizaldoVieira
Aracaju se tornou capital do estado de Sergipe por uma questão econômica estratégica para atender aos interesses políticos e econômicos da classe dominante da época, cujo perfil dominante é o mesmo até os dias atuais. Por seu porto pretendia-se atender melhor às necessidades de escoamento da produção açucareira do senhor dono de engenho do Vale do Cotinguiba. No ano de 1855, dia 17 de março. O povoado Santo Antonio hoje bairro de mesmo nome é elevado à categoria de cidade e capital da antiga província Sergipe Del Rey, se expandindo do alto da colina de Santo Antônio para até as margens do rio Sergipe. O presidente da província, Inácio Barbosa, foi o autor da mudança. Bem que a cidade dos cajueiros e papagaios poderia ser de fato a capital de melhor qualidade de vida do Brasil não fossem as mazelas nos últimos 30 anos e que causam um péssimo odor nos diversos setores da vida dessa cidade jovem de apenas 156 anos, não fosse o olho gordo especulativo no uso do solo aracajuano, bem poderia tranquilamente nossa cite ostentar o honroso titulo de melhor qualidade de vida social e ambiental entra as demais capitais brasileiras, se não contasse com o agressivo e desordenado crescimento urbano a qualquer custo. De Pirro ao presente momento, Aracaju muito cresceu de forma desordenada impulsionada pela expansão dos empreendimentos imobiliários aliados á grande especulação das áreas remanescentes, responsável pela geração de enorme segregação social desde - quando contribuem na criação de um verdadeiro fosso entre a cidade real e a cidade clandestina, fazendo com que não restem opções para os chamados interesses sociais, os bolsões de pobreza: palafitas, favelas, vilas, as ocupações irregulares. Outra questão que muito depõe contra essa tal qualidade de vida vivenciada em Aracaju é a conivência incestuosa do público e o, privado onde a especulação imobiliária de oportunista, transforma o solo urbano em mero objeto de compra e venda se aproveitando da falta de fiscaliza e punição severa quanto ao desrespeito no tocante a preservação do mínimo do que ainda resta de meio ambiente na cidade. Isso tudo se constata quando se observa o surgimento de construções em qualquer parte do município derrubando, poluindo e atropelando tudo, mangues, rios, restingas e faixas litorâneas enfim, tudo vira mercadoria. Quando loteamentos e condomínios fazem surgir verdadeiros bairros, sem do nada sem as mínimas condições de infra-estruturar, em áreas de preservação a exemplo dos bairros jardins, coroa do meio e zona de expansão, dando o atestado que revela o vale quanto pesa além de contar com a total falta de uma política publica de preservação dos recursos naturais, aliás, o município se quer possui o órgão de gestão ambiental, para cuidar da política de preservação dos recursos naturais para por um fim na destruição do que ainda resta de biodiversidade, dando o atestado do “vala tudo”, desde que a questão seja a permissão dos espaços para a especulação pois só assim se pode auferir mais áreas-e-faceis-lucros-imobiliarios
Entre tantos fatores negativos bem caracteríscos e muitos graves de Aracaju, chama muito a atenção o desrespeito ao Meio ambiente local“A precariedade ecológica atinge a cidade como um todo, porém assume as formas mais trágicas nas favelas e periferias” Raquel Rolnik. Uso indevido de áreas de preservação ambiental pela especulação imobiliária (mangues, margens de rios, ocupação de lagoas, desmonte de dunas);poluição das praias e dos rios com o despejo de esgoto doméstico e industrial in natura; supressão da vegetação nativa; ausência de política pública para a proteção da fauna e flora; e por fim a incrível ausência do órgão gestor da política ambiental no município ( a Secretária de Meio Ambiente do município)
Mobilidade Urbana – No tocante a questão do transito, As vias públicas de Aracaju sofrem com o grande volume de veículos circulando, cerca de 160 mil criando um verdadeiro caos urbano, não oferecendo uma boa mobilidade ao trânsito; a quantidade de veículos cresce rapidamente ao tempo em diminuem os espaços para o pedestre e não se oferece alternativas aos usuários; a largura das ruas e avenidas são as mesmas de várias décadas ainda do projeto de Pirro; o único meio de transporte coletivo se resume aos ônibus, por sinal de péssima prestação dos serviços e o não aproveitamento devido do potencial de que a cidade dispõe, como ciclovias, transporte hidroviário e ferroviário, e-que-não-são-poluentes.
Acessibilidade – As calçadas são estreitas e irregulares e a quantidade de atividades e obstáculos sobre as calçadas dificultam e até impedem o trânsito das pessoas, principalmente idosos, obesos e deficientes.
Área de Interesse Social habitações irregulares – Muitas áreas em Aracaju são ocupadas irregularmente, trazendo como conseqüência condições precárias de vida para os moradores e agressão ao meio ambiente (manguezais, beiras de rios e canais, encostas de morros, etc.); as políticas públicas não atendem as áreas de interesse social; há ainda em Aracaju grande quantidade de vilas; incidência de palafitas e barracos; grande parte das terras habitáveis está em poder da especulação imobiliária. Segundo Rolnik, devemos busca políticas alternativas que apontem para o uso socialmente justo e equilibrado-da-cidade-e-das-áreas-urbana.
Inundações – a impermeabilização indiscriminada do solo urbano e o aterro de lagoas vêm causando inundações em Aracaju, que já nasceu sobre aterros de áreas de mangues, dunas-e-apicuns.

Outros temas relevantes – Gabarito (quantidade de pavimentos) de prédios; taxa de impermeabilização; coeficiente de aproveitamento; largura de calçadas, largura de vias e canteiros centrais; áreas de interesse social e ambiental. Texto escrito com base na carta do fórum de defesa da grande Aracaju.



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