I
No correr insano do tempo vai o verso contundente fica a inveja sem ter alento e a raiva a mostrar o dente
II
No correr insano do tempo vai a tristeza e a solidão vai num barco sem lamento que isso é coisas do coração
III
No correr insano do tempo o amor é quem mais ordena ele que não vai a destempo e o tempo ele bem coordena
IV
No correr insano do tempo passam as horas no relógio sem ter qual contratempo que anunciar no necrológio
V
No correr insano do tempo nascem uns morrem outros corre breve um leve vento e não é de nós nem doutros
VI
Porque aí a nossa passagem ao amor deve o assomar-se nas janelas sem vassalagem que o povo quer libertar-se
VII
No correr insano do tempo estas quadras ofereço-as foram feitas a passo lento mas não sei se mereço-as
Jorge Humberto 31/03/11
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