O silencio que ficou é um ruído de palavras dentro de mim... palavras de água e de fogo… A saudade do que foi a memória que deixou... Um filme que passa…e volta a passar… aquele choro roxo, sufocante a pedir um colo…o desatar do nó as guerras cheias de estratégia, no vértice… o tremor salgado..para voltar… e voltar… os braços delgados abraçando o peito… a dança sensual e a entrega intensa à música… Memória/saudade de uma criança marcada pelo ideal…num real imperfeito… Os anos de ascensão e os anos de queda no nojo… Palavras ocasionais... formais…ásperas… com punhais entre as letras… depois… o estrondo diabólico, contra as lajes longe do vidro cortante da água Por medo? Por receio de sobreviver? Soletro o enigma na desolação… 3+1+3+2+0+1+1= SUPREMA PERFEIÇÃO E o grande pesadelo Vai de rua em rua No cheiro dos canos entupidos Das palavras caladas Dos gestos de amor Incompreendidos… O que se faz e não faz O que se pode fazer Ou não fazer… Incapaz no limiar de tudo Estás em paz!