Neste dia de imenso calor onde o céu ébrio se mostra num azul que vai além dos azuis, pouso minha pena e dou por mim a pensar, que, nem todos, podem gozar este sol com tranquilidade.
Porque o sol quando nasce não é realmente para todos, mas só para alguns, que têm sua vida bem encaminhada, esquecendo os que na rua passam sem pão pra comer e de roupas esburacadas.
As portas estão fechadas para estas pessoas, que precisam de uma mão amiga, que os traga de volta ao mundo, e lhes faça sentirem-se realizados e importantes, perante a sociedade.
Mas o maldito estigma e vis contos, acerca destas gentes, lhes impede de entrar pelas portas cerradas, abertas só para concursos e nem isso cumprem às vezes, as empresas.
Se quem tem estudos e profissão se vê na iminência de ter de ir para a rua varrer, o que será daqueles que nada têm, nem estudos nem nada, nem ofício que os equipare aos demais?
Jorge Humberto 05/04/11
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