AUTO - ANÁLISE

Data 06/04/2011 12:08:09 | Tópico: Sonetos


A “nova poesia” me venceu,
Confesso ter vergonha dos meus versos
Ultrapassados, mortos e dispersos.
Agora num mergulho ao perigeu.

A métrica, o rimar; tudo morreu.
Deveras são atrozes e perversos;
Jogando esta toalha, vão submersos
Ao céu inutilmente exposto ao breu.

E faço do meu canto, ensimesmado,
Bem escondido e mesmo envergonhado
Uma eremita apenas, onde eu possa

Traçar sem ser exposto ao riso irônico,
E sigo neste passo catatônico,
Rumando sem defesas para a fossa.



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