
O Grito de Edvard Munch
Data 07/04/2011 00:51:28 | Tópico: Poemas
| I Sai escarrado Jorra pra dentro Regurgita tinta Tentei ignorar Ser diferente, outro Mas não há escolha Não tem jeito quando Não há meio caminho desculpa? Está lá Desenfreio... II Jorra ventre adentro 10 dedos espalmados disforme visão no céu emoldurado da boca do estômago sensação indigesta fermentada bílis Visceral desgosto Manancial de pragas... III Céu ao reverso Vermelho sangue Línguas de fogo Combustão insaciável Lamaçal oceânico Denso azul profundo Saliva espessa Desgosto fixo ao suor já seco na carne flácida descolada da alma... IV Badala alto na cabeça pesa o fardo que empurra boca afora em angústia Extremos ruídos afiados Abrem, na carne, buracos libertam anseios macabros crias do cinismo diário ganham vida eterna: Grito de sem palavras expressa! Eduardo Lazaro http://ebrancaglioni.blogspot.com/
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