
sei lá dos homens, sei lá de deus
Data 08/04/2011 22:17:00 | Tópico: Poemas
| contra a matéria contra a razão que persigo?
coisas recapituláveis é meu lema passam rápidas, absortas em si mesmas o povo diz: és pó e em pó te transformarás.
mas quando se olha para cima
(há sempre pessoas a perguntarem onde é a saída)
(há sempre um deus supremo na secção etnográfica)
todavia julguei seu esquife mais alto ao pé das portelas de um mundo inocente pelo menos é.o na sombra na parede do meu quarto projecta… uma bala? uma cruz? um fim asseado?
(esta noite dormi com as mãos cruzadas.)
há nove meses que eu grito nasci como um caso arrumado se sou pó, meu deus, ganhaste.
faz.te à vida como eu vou não me perguntes mais qual a meta outros já se calaram madalena bateu no peito e chorou.
que se dane a tua lei e a lei humana fita.me firme nos olhos no dorso nos ossos e confessa.te (porque nos abandonaste?)
tenho perguntado muitas vezes sem resposta a resposta é a mesma, não sei é tempo de ir.me embora oferecer uma pitada de pó a meu deus e reconhecer o seu domínio
meu cadáver começa a sorrir.
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