Uma vontade

Data 10/04/2011 00:36:39 | Tópico: Poemas

Fecho os olhos, vejo Nada.
Imagens formam-se instintivamente.
Não controlo o que penso,
Vejo sem olhar, naturalmente.

Não forço a que nada surja, tudo fluiu;
Vejo o espelho do sol, serpenteante e
Na acalmia da sua chamada, sigo-o mas
Não o consigo alcançar.

Corro, devagar, movo-me sem me mover
Tento alcançar o espelho da luz do ser.
Sinto-me longe na sua presença.
Vou alcança-lo, é a minha crença!

Corro e mais me sinto quieto!
O sangue flui rapidamente em todas artérias, sinto-o!
Mas o coração bate desacelerado.

O sol continua irrequieto,
admirando-se a si mesmo, talvez,
Fazendo-me admira-lo, também.

Ergo os braços e tento senti-lo, não consigo!
Vejo-o, mas não o sinto.

Tenho frio, sinto-me gelado
O sangue parece ter evaporado
Pergunto-me que se passara

Abro os olhos,
A chuva continua caindo,
O vento frio sopra

Tudo permanece igual.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=182660