Se coabitasse da tua ideia, E nela plantasse os meus sonhos, Outrora formosos agora medonhos, Entenderias o que expressam, o que dizem... os meus olhos risonhos, Que contigo, outrora meu concílio... Colocou-os tão Insípidos, tão tristonhos.
Se coabitasse da tua ideia, E nela te entregasse o meu génio, Já tínhamos assinado e entregue o convénio, Roubarias o que pudesses do meu oxigénio... Talvez por imposição, coação...Ou apenas pelo paladar, Tentarias me mudar ainda neste milénio!
Se coabitasse da tua ideia, E nela fingisse o meu proveito... Outrora crente... outrora perfeito! Dir-me-ias que não era digna de ti, do teu respeito... Talvez fosse mentira... Ou uma falsa Lira, Fosse somente o meloso Preconceito!
Se coabitasse da tua ideia, E nela fosse musa, bafo... ou Sereia, Rodear-te-ia com o meu ideal... Ficaria na tua Teia... Talvez não me sentisse mal, presa numa cadeia, Onde poderia pensar... Elevar o meu ar... Não abandonaria a tua peça em dia de Estreia...
Se coabitasse da tua ideia, E nela não fosse inimigo... Conselheiro perdido... Não ouvido... Coabitaria aí no Teu Abrigo! Coabitaria para sempre Contigo... GHOST
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