Andorinhas e pardais, revezam-se, nos voos musicados, pela brisa da tarde, nas árvores, dando graça e encanto à primavera, que vai lá fora.
Enquanto as andorinhas voam sem descanso, parecendo bailarinas endeusadas, já os pardais, depois de irem de ramo em ramo, vêm ao chão, saltitando.
Procuram pequenos insectos, que ao passarem por eles, não são refrega para o seu estômago, e servem ainda de alimento, para os pequenitos no ninho.
Já as andorinhas, sempre em voo, caçam no ar, para si e para levar para os seus, onde as esperam os filhotes, na toca de palhinhas.
É um vai e vem constante de asas cobrindo o céu, de brancos e de negros e de cinzas, que emprestam aos olhos cansados, a beleza necessária.
Da minha janela espreito todo este bailado e ocupação, e as andorinhas quando me vêem, em voos rasantes, tocam-me ao de leve no cabelo.
Os pardais são menos sociais e mais solitários, por isso não se estranha que andem sempre em discussões, entre chilreios e garras nas garras.
Por fim com o pôr-do-sol juntam-se, e em grupos numerosos e ruidosos voam para outras paragens, onde passarão a noite, até nascer o dia.
Nisto, as andorinhas, estando perto dos seus ninhos, demoram-se mais um pouco, em voos intermináveis, até que a escuridão a todos reclame paz.
Jorge Humberto 14/04/11
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