Há para aí tanta gente com necessidades, sem ter o que comer sem ter onde dormir, fazendo de sua casa, as enormes cidades, olhos imensos e vermelhos de tanto carpir.
Vivem na essência de esmolas e caridade, da boa vontade alheia, estendendo a mão a quem passa apressado, sem identidade, julgam-nos inoportunamente sem coração.
Eles sabem bem o que é viver do interesse dos outros, que os repudiam como bichos, e os têm de má fé no intenso desinteresse pelo que dizem as Bíblias: vivem em nichos.
Muitos trabalham, apanhando a vil escória, umas míseras moedas para enganar a fome, e agora que se fala em Paixão, sua história, é andarem neste mundo sem ter nem nome.
Jorge Humberto 24/04/11
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