
Demente Estado de Alma
Data 26/04/2011 00:00:46 | Tópico: Poemas
| Mais uma vez estou sozinho num mundo tão vasto, Estou abandonado, perdido, esquecido, por entre esta imensidão, Sinto-me como mero objecto, mentira, nem sequer me sinto, Eu que em tempos me congratulei por deter tanta paixão, Eu que hoje me prostro perante o meu destino tão nefasto.
Demência, é isso que me corrói o corpo e me consome a alma, A sensação (será que sinto?) de que de nada serva a minha existência, As lágrimas que antes me escorriam pela face, passadas, Os gritos inaudíveis que clamei na escuridão da minha inconsciência, A poesia que justificou toda a dor, a poesia que simulou toda a calma.
E eu culpo a demência por tudo àquilo a que me conduzi, Culpo-a pela expressão fria e inumana que hoje transpareço, Culpo-a pela minha solidão na qual eternamente padeço, Culpei-a pela vida, esta que agora finalmente perdi…
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