Data 26/04/2011 14:41:14 | Tópico: Poemas -> Introspecção
O recôndito do ser... A quimera esperança em se plantar sonhos com o condão de realização... Penso nas incertezas que de tão alimentadas... Sobem as paredes e assombram seu benfeitor em plena madrugada... Ah! Como é tolo o cativeiro... As gaiolas tão bem cuidadas... Quem precisa delas? O palhaço que não tem coragem de chorar a lágrima franca sem a maquilagem? O arlequim sem máscara, caminhando entre as pessoas em plena luz do dia? Quem precisa das gaiolas bem cuidadas? Eu, com meu sonho incerto; subnutrido da fé - sem o cultivo de amor; cuidados vindos da alma... O sonho; o paraíso de quem canta sem voz... De quem grita, mesmo com as cordas vocais formando tranças... Cirandas de gigantes... Quem sonha; aprende a ser mais um, como se fosse o único... Inimitável - o próprio mito. O sonhador transporta barreiras de aço inexorável... Arranca as grades; mesmo que lhe matem, tirando o coração... A alma, continuará livre, assoviando a canção que se aprende no piscar dos olhos que coloriu o mundo - verde! Esperança!!!! Esperança santíssima; virgem bela nas manhãs infindas... Canção assoviada... Contínua... De quem não pode parar... De quem continua a sonhar... Sonhar... Viver sonhando... Escrevinhando...