Naquele velho caderno, Ele escreveu, Tudo aquilo que sentiu, E ninguém nunca percebeu.
Ele tinha medo da morte, Fugia sempre do medo, Dizia que não tinha sorte, Dizia que só cometia erros.
Sempre de olhos fechados, Não podia observar o mundo, Com seus joelhos dobrados, Se impedia de caminhar.
Dizia-se forte, Pois nunca chorara, Dizia-se crente, Mas nunca acreditava.
Mas um dia ao acordar, Viu algo diferente, Que o mudou completamente, Pondo-se a levantar.
Ele viu em um sorriso de uma criança, Como há tanta esperança, Quantos sonhos, Há lá.
Ele passou a sonhar, E apagou suas lembranças, Renovando suas esperanças, Pois se a acreditar.
Se o descrente, Um dia passa a crer, Quem sou eu para dizer, Que não se deve sonhar.
Porque o que ele precisava, Era realmente entender, Que crescer não deve, Fazer nosso sonho morrer.
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