Hoje é dia do trabalhador, por muitos comemorado, por outros esquecido.
Não se percebe agora qual é o intuito, de este dia ter caído no atroz olvido.
O ganha-pão é uma miséria, não chega, fartamo-nos de labutar para o patrão,
esse vil sovina, que não lhe achega, a verdade do trabalhador, sua condição.
Antes faziam-se desfiles em sua honra, que quem trabalhava era bem visto.
E o povo saia à rua sem sentir desonra, no dia assinalado e muito bem previsto.
Agora o trabalhador continua na sua lida, sem honrarias nem os alegres festejos.
Leva os dias a trabalhar, eterna vida, sem desta ter outras regalias, lampejos.
Todos os dias são úteis, menos o primeiro de Maio, que a ninguém mais convence.
E quando se assimila o altruísmo derradeiro, a ninguém ou a alguém, ele já pertence.
O patrão, apesar de tudo não desfaleceu, continua a enriquecer à custa alheia.
Infelizmente o trabalhador ensandeceu, com tanto trabalho, sem dinheiro na meia.
Temos de revigorar o primeiro dia de Maio, fazê-lo importante uma outra e outra vez.
Pois é nesse dia que canta o velhinho Gaio, a mostrar-nos pelo canto a nossa sensatez.
Jorge Humberto 01/05/11
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