Dizes que me amas e não sabes o significado da palavra amar; o que para mim é sabido, e, dou-te de mão beijada, para ti é perdido, porque só eu sei, o que é não ser amado.
Por mais que te ame, não dás o distinto valor, de tudo o que sou para ti, tirando de mim, pois preferes acusar-me ao que eu nunca vim, do que doar-me sem subterfúgios o teu amor.
Sempre fui para ti o cavalheiro que tu negas, aquele que nunca sequer para outra mulher olhou, porque para mim não és uma qualquer, e eu sou aquele que te ama quase às cegas.
Sem grande aparato, em cada poema de amor, decifro-me e te enalteço como a escolhida, não sabendo tu o que isso é, fazes-te entendida em irrelevantes cenários, prova de desamor.
Estive para ti como outro qualquer não estaria, estive e estarei, mesmo sabendo de teu desapego, e quando tu sozinha, chegando a ti me apego, tu perguntas-me, se realmente eu próprio devia.
Consternação eu sinto ao ouvir-te dessa maneira, como se eu fosse um desconhecido a te acuar, e não aquele que sempre te soube aqui amar, que para mim tu és e sempre serás a primeira.
Sozinho me sinto, pela tua mostra de desinteresse, passo os dias a escrever, esperando uma palavra tua, e eu chego-me à janela, espreitando a divina lua, quem sabe ela por mim mostre o devido interesse.
Jorge Humberto 02/05/11
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