
AH, AMOR... PARA ONDE FOI MORAR O MEU JUÍZO?
Data 02/05/2011 21:25:22 | Tópico: Poemas
| AH, AMOR... PARA ONDE FOI MORAR O MEU JUÍZO?
Derretem-se as velas Lá pelas baldias bandas Dos fundos negros da capela
Uma dor saranda Me ordena A orar fronteiro a elas
Imerso em internos gritos De fobias, de temor Prostro-me ali, aflito
Meio sincero, Meio ator A consumir-me naquele rito
Ah, meu amor, Dá-me o tom do veredito... Dize-me então:
Nesse mundo de desilusão Para onde foi Morar o meu juízo?
Por que ao invés de somente viver Ignoro qualquer aviso E prefiro-me no pavor
De pensar-me na vida Sem o deleitoso fulgor Do teu gaiato sorriso?
Careço tanto, Para concretizar meus atos, De um real sentido...
(Pois se sou eu mesmo Que recrio esta dor Ou, conforme for, Transporto-me Ao paraíso?)
Pior é que sei, Sem saber direito Que nada disso é verdadeiro
Talvez, nem o arfar Do meu pulmão, Ou o calor-roldão Desse meu tacanho vespeiro...
Quiçá, Sequer a derradeira redenção E, mui, mui provável, A impressão de danação Do meu eu inteiro...
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