PROCURA-SE A ANA E O FONSECA

Data 06/05/2011 19:58:57 | Tópico: Textos -> Humor

No mundo em que vivemos nada está garantido como futuro. Crescemos, vivemos momentos de amor dos mais agradáveis, e por vezes há um desastre que se abate sobre as nossas cabeças, sem que saibamos a razão.

Há casais felizes, os menos felizes e os infelizes.
Os infelizes são aqueles a quem nada acontece, tudo corre sobre rodinhas, a suspensão bem tratada,
sem a mínima preocupação, o trivial de uma vida de pouco interesse.
Os menos felizes são aqueles que de vez em quando lhes acontecem coisas, ou o dinheiro não chega, ou porque a TV não funciona e muitos imprevistos,
Os infelizes são aqueles que trabalham que ganham o ordenado mínimo e que lhes dá para viverem bem os primeiros oito dias do mês, depois é zaragata todos os dia, e assim vão passando o tempo.

E é nestes que os problemas se acumulam. Uns suicidam-se, outros pedem o divorcio, outros suicidam a mulher e há os que desaparecem sem deixar rasto.

Foi o que aconteceu ainda hã bem pouco tempo. Um senhor desaparece e uma senhora também.
Não eram um casalinho de pombinhos, não, nem sequer se conheciam.

A família comunicou à policia o desaparecimento, mas como nem um nem outro eram da família dos policias, estes, não ligaram nenhuma, e nada encontraram.

Por ironia do destino, vejam lá bem como as coincidências acontecem.
Em Lisboa, há uma agência de detectives privados que se chama, LUA DE MARFIM VERDE e então as duas famílias e como vos dizia, por coincidência, fizeram um contrato com esta agência para que eles procurassem e encontrassem o paradeiro destas duas pessoas

O detective em chefe, Chefe Paulo, Entregou ao caso ao seu melhor detective o senhor Manuel Raposa, (Raposa era uma alcunha, visto a sua perspicácia)
O Manuel Raposa com toda a sua vontade de mostrar serviço, logo começou as investigações.
Em primeiro, soube que entre os dois desaparecidos não havia nenhuma relação.
Como os dias eram lindos que pensou o Raposa: E se eu fosse até ao parque das nações? Com este Sol são bem capazes de andarem cada um do seu lado por lá a passearem e meteu os sapatos ao caminho.

Procurou, procurou e nada!
Quando se preparava para se ir embora, encontrou um grupo de pessoas à porta do Vasco da Gama,
(quero dizer, o Centro Comercial.) Vasco da Gama foi um descobridor e o Manuel Raposa inspirando-se nesse grande navegador, navegou até ao grupo e mantendo-se a uma certa distância, ouviu o que se dizia, Eureka!!! alguém pronunciou o nome de Fonseca, precisamente o nome da pessoa que ela procurava.
Peúga em peúga, aproximou-se e para surpreender aquele grupo de amigos,
E pergunta: Quem é o Fonseca?
Todos os presentes se entre-olharam e alguém lhe perguntou o porquê.
-Já ando à procura desse senhor há uns dias, eu sou o Manuel, mais conhecido pelo Raposa, detective privado.
-Ele matou alguém?
-Não que eu saiba, simplesmente quero tranquilizar a família
-Bom se é assim, espere um pouco que ele vai chegar, não sabemos se é o mesmo, pois que ele vem de França.
-De França? Mas então talvez seja é esse mesmo.
O tal Fonseca chegou, feitas as apresentações, e depois de uma certa conversa e troca de explicações o Raposa foi convidado para ir jantar com o grupo de amigos.

O Manuel Raposa durante o jantar lá foi dando explicações de toda aquela historia em que ele foi encarregado de encontrar a solução.

Jantar terminado, e o Raposa, Raposa como era, mais uma vez quis surpreender tudo e todos, levanta-se e grita:
-E a Ana? Conhecem a Ana?
-Ah, não! o senhor não vai recomeçar!

E todos se foram embora, deixando o Raposa a falar sózinho


A. DA FONSECA




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