amar sem jeito

Data 08/05/2011 14:53:19 | Tópico: Poemas

no lençol da noite
sou queixume
no silêncio tremente
sou embalo
numa espera de lume
só a inquietude me integra
na distância dos lábios
que calo.
sou, no tempo que queima
em labaredas de azul,
uma cruz exangue
em oração.
sou a voz que teima
em crescer no gesto breve
da boca
nunca prometida
ao coração.
resta-me
uma sede mais que febre
língua de fogo
perdida
em ponta de ar pelo peito
resta-me
este corpo a rogo
pelo teu no meu
perfeito.

resta-me
este amar sem jeito.

no lençol da noite
sou queixume
no silêncio tremente
sou embalo
numa espera de lume
só a inquietude me integra
na distância dos lábios
que calo.
sou, no tempo que queima
em labaredas de azul,
uma cruz exangue
em oração.
sou a voz que teima
em crescer no gesto breve
da boca
nunca prometida
ao coração.
resta-me
uma sede mais que febre
língua de fogo
perdida
em ponta de ar pelo peito
resta-me
este corpo a rogo
pelo teu no meu
perfeito.

resta-me
este amar sem jeito.




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