
Olhos Argentinos
Data 10/05/2011 00:22:19 | Tópico: Poemas
| Eram os teus agigantados olhos Dois rios transparentes e argentinos, Repletos de meandros perigosos... Eram dois regatos suaves e azulinos...
Desaguavam em uma linda lagoa Que se formava no céu da tua boca De estranha e escarlate coloração.
Eram teus seios duas cordilheiras Que serviam de tênues fronteiras Entre o teu e o meu coração.
Eram fontes insaciáveis de libidos, Mais do que Amazonas ou Nilos, Mais que Ganges em purificação.
Nos planaltos perenes do teu ventre Entre as penugens veludosas e planícies Vadiava minha maldosa serpente Sem sons indianos ou de sinos tristes.
No monte de Vênus, entre as virilhas, Perdi-me na selva de relva escura De uma semi-deusa deliciosa e nua Deliciando-me em tais topografias.
Nos hemisférios entre as nádegas, Ou seja, recanto de paz e descanso, Delícias gigantes, Niágaras, Regatos de líquidos mansos;
Ali próximo há cavernas quentes Com sabores de licores proibidos Exalando eflúvios por ambientes Despertando os desejos e gemidos.
É um céu de estrelas roxas; Um roçar gostoso de coxas Num delirante e eterno brincar!
É um poço de danaides de delicias Um rio de substâncias melífluas (Ou seria apenas mais um mar?)
Era uma figura formosa e feminina A mais maravilhosa e perfeita geografia Que viram meus olhos de Gylmar!
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