Sopro com vaidade

Data 10/05/2011 02:48:06 | Tópico: Sonetos

Sacramento, o meu peito, amado
Aguço a vontade, feita tirana
Exponho, esta dor dura, insana
A que me veste, a alma de pecado.

Embrenho-me, e depois ao teu lado
Exercito tudo, o que me engana
E dispo preconceitos e leviana
Danço ao som do sentido, já dotado.

Envergo o véu lúdico, transparente
E cubro-me de melodia, musical
E deixo-me em candura, já formosa.

Ergo-me sóbria, também diferente
Na manhã de sobressalto, matinal
E velo a formosura, mais vaidosa.



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