hidromorfose III – cerejas de âmbar

Data 12/05/2011 02:37:12 | Tópico: Poemas

na crivagem de bronzes na onda
fendida de gorgolejos
um titubeante arremesso
dos olhos descaídos pelos corais

destilam-se como escamas inertes
presas à retina
decifradas pelo fluxo de pólen
fertilizadas pela pupila encharcada

confluem-se na espasmódica resina
ondulagem das seivas fluviais
arrancam-se como caroços
e a cereja circunvaga

com bronze afiado na sístole
e paradas na crivagem
as nervuras tremem na semiótica
encerram-se no âmbar


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