Olho-te nos olhos de repente tu retribuis-me o olhar e somos uma pequena semente há espera de germinar.
Meu amor não tem condições para ser e se expressar exprime-se a ambos os corações no mesmo linguajar.
Tens madeixas no teu cabelo os lábios cor de carmesim de manhã tens um novelo de tão enrolado não tem fim.
Levemente passeio no teu rosto conheço todos os traços e cheiras a breve mosto quando cais nos meus braços.
Sorriso franco de menina deixa-me deveras extasiado és como uma concubina que dorme serena a meu lado.
Quando falas é como se cantasses rouxinol no beiral da janela cantas tanto como se amasses quem espreitasse por ela.
Teu puro silêncio de oiro é por mim guardado com respeito nas searas o milho é loiro e está há espera do seu pleito.
No rio que corre para a foz levas as tuas cartas de amor nunca estarás a sós enquanto as souberes de cor.
Jorge Humberto 18/05/11
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