
Pandorga
Data 20/05/2011 14:58:14 | Tópico: Poemas
| Crueldade!... Linha lhe sobra, e suspiro... Cabeceia a pandorga qual ginete fogoso Ao cabresto, instada sempre a restrito giro, Órfã da penúria e do conquistar custoso.
No olhar do menino sorriem as cores, Que ao sol, em brilho de contas reluz. No olhar do menino fantasmas raptores No disfarce do vento que a pipa conduz
A roxa pandorga contida reteve saudade! Revestida da mordaz crueza que não finda, Firma a suspeita que de lá da tenra idade Anacrônico mastro o menino ainda guinda.
Nostálgico, o olhar infante visita a realidade Em esmaecidas cores de brilhar purpurino, E nela o quanto almeja ainda a liberdade Da pipa, agora desbotada, o ignoto menino.
|
|