Soneto da Inconfidência

Data 21/05/2011 15:33:56 | Tópico: Sonetos

Não me firas com as esporas da animosidade
Nem me digas que sou eu quem me rejeito
É acutilante o embuste onde me deito
Feito de lâminas afiadas da tua leviandade

Há um desfibrilhador de maus momentos
Um choque rude que me traz à realidade
Toda uma dor que me invade os pensamentos
Prefiro a ignorância a enfrentar a verdade

Sou de mim um simples arrasto paulatino
Senhora e dona da minha pusilanimidade
Já me rendi àquilo a que chamam de destino
Nada me ajuda, tão pouco o passar da idade

Decretei à minha pobre alma a alforria
Nasço de novo para a vida e para poesia

Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=186794