… E vamos na vida sem saber o que ela nos reserva entretanto muito temos nós aqui que colher mesmo quando da terra vem o pranto.
A humildade é a madrinha de todos nós sabermos semear para depois amanhar nunca a vida nos deixa sós e os frutos soltos iremos apanhar.
O trabalho compensa o esforço quando este nos pertence e é nosso sem haver de patrões o alvoroço a criar-nos na vida um enorme fosso.
A terra é de quem a trabalhar este é o apanágio que nos deve reger quem com suas mãos cooperar muitos anos de vida tem para viver.
A generosidade deve ser plena entregarmo-nos à labuta diariamente só assim dos outros não virá a pena que nos dê pejo completamente.
Arraigados deitaremos ao chão a raiz por vezes trabalhando dia e noite traçaremos na terra a pau de giz a seara ceifada como num açoite. Rostos queimados pela luz solar secam o suor com as costas da mão bebem da água que os faz amenizar e dizer sim ao cansado coração.
E sol nado e sol morto é deposto com todos a voltar para casa à procura de um belo encosto para ver comodamente quem passa.
Jorge Humberto 21/05/11
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