SILÊNCIOS, ATROCIDADES E DISTÂNCIAS
Há grandes silêncios em meus vãos. Há essas coisas caladas dentro. Algumas vezes, nem sei o que falar. Meus olhos morrem em ti, morrem amordaçados.
Frases e sílabas são poucas para te falar do meu amor. Eu te aceito com as tuas dúvidas e pequenas vaidades, eu te aceito preso nas ferragens do teu ego, eu te aceito com essa meia dúzia de frases entaladas na garganta: aquelas que esquecestes de me dizer quando eu fui mais cruel e amante.
?Pequeno grande homem distante, quando a fonte se abrirá novamente. A pele grita nas entrelinhas, o gosto é sempre por conta da imaginação: tuas mãos são tão belas quando o poeta salta de dentro de ti.
?Que atrocidades me restarão se eu te enterrei mas fui eu que morri.
Karla Bardanza
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