
Apenas uma noite
Data 23/05/2011 10:32:36 | Tópico: Prosas Poéticas
| Não era a primeira vez que eles se olhavam, que se tocavam e se despiam de interogações. Tão pouco era a primeira vez que se enganavam. Ela fingia ser a primeira de muitas outras, enquanto ele fingia ser penas mais uma e nào a uma. Eles se beijavam como a primeira da última vez e buscavam completar-se na busca do outro, fingindo não se importarem com a verdade, fingindo não representarem uma mentira. Enquanto ela enganava que dormia para não ter que encarar o fato de que lhe restava agora apenas mais um lembrança de uma cama partida; Ele vislumbrava a imensidão das costas dela, e contava em cada pinta uma história de mor. Vendo que assim seria apenas mais um, buscava apagar cada vestígio esfregando-lhe as costas como soubera que ela também gostava. E quanto mais esfegava, mais se perdia nas costas, naquele ser, em seus pensamentos. Até que em um momento ele próprio mudou; ela não conseguia mais ver nele o que sentia, todo o prazer se transformara em um mix de algo solto, inrestrito e um pouco condensado, ao ponto de fazê-la notar sua inquietação. Seria culpa? brandava ela, enquanto o olhar em seus olhos perguntou o que houvera, por que tão calado. Que logo respondeu ser apenas preocupação. Eles, que por tempos viveram de ilusões de um para outro, agora se partiram; não conseguindo voltar a ser aquela metira, tão pouco seriam uma verdade. se olhavam como poucos, e sabiam como poucos que conseguiam se enganar na mesma intencidade que um conseguia ler o outro. E sem ao menos se importar com tudo que sabiam, que ele via, que ela iria no passado ou em qualquer outro dia para todas as outras pessoas proferir. Ele ria dela e dizia não se importar mas no fundosentia saudades. Ela queria dele mais que gostar, que amar, ou apenas mais uma aventura emocional. Eles se descobriram e encobriram' com panos de desculpas e meias palavas o ápice da verdade de suas vidas.
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