Levarei minha voz aos quatro ventos, serei a palavra dos que não a têm, o orgulho de representar os sem alento: não deixarei de parte ninguém.
Contra fortes ventanias e calamidades, o travo do patrão, que nega o melhor, contra todas as infames falsidades, que faz com que o mundo seja pior,
Minha voz levantarei contra tudo, que se oponha à liberdade vigente. Nas ruas, nas estradas, pelo mundo, serei das pessoas, a sua leal gente.
Contra o focinho da palavra, de encontro o que nos é mais querido e almejado, prestável serei e hei-de estar pronto, como tudo aquilo que por nós é desejado.
Contra arrivistas e falsos moralistas, meu punho erguerei, bramindo no ar. Serei as mãos que não calam dos activistas, arriscando suas vidas a se ultrapassar.
Por cunho pessoal serei a liberdade dos sem terra, que não têm nada. Serei partindo de mim a celeridade, contra a fome, que morre esfomeada.
A favor dos pobres, dos velhos e das crianças; das jovens mães que deram à luz; os filhos que são as nossas esperanças, serei tudo o que no mundo reluz.
E quando o tirano fugir para o estrangeiro, julgando-se a salvo de suas inquietações, darei então caça ao vil flibusteiro, com a força e a vontade de muitos corações.
Jorge Humberto 24/05/11
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