
Noite sem luar
Data 26/05/2011 00:00:06 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sou uma trova de um soneto sem rima E maldita num veludo escuro encorpado e aquecida. Abasteço a fronte da pele que chora minguas entre as mágoas, Nada vale a pena... A vida me acolhe e visita, O visível abalo da dor cálida se veste e despe. Sinta o corpo ao vento, ar em movimento, freme, treme, congela, Ajeita o resto de mim que despenteia a cabeceira E perto da estante uns livros, Vagos sentidos do existir. Nessa noite serei sua página em branco. Imprima seu sorriso e colha seus frutos. Anote seus obstáculos, Para na emersão do horizonte Revelar a negra noite sem luar.
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2011.
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