
... sem presente e sem futuro
Data 30/09/2007 14:11:54 | Tópico: Poemas
| Amedrontamos em espasmos os ramos dos nossos corpos, de hastes fragilizadas p'los ventos de derivas, no apelo e na voragem duma querença sem medida.
Pretendemos que os pomos que não vingaram sejam ainda frutos, perenes de vida, e esquecemos que as raízes há muito apodreceram em leitos escravos, afadigados por prantos abemolados.
Agora, as sementes das palavras caiem das pinhas fechadas e, sem presente e sem futuro, migram o ventre da terra, onde rebuscam o cálido de um porto seguro.
Nada vale e nada impera se, da agulha da serra, os flatos que nos envolvem são de dúvida, de ausência ou de mentira.
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