Lírio ingénuo

Data 29/05/2011 19:23:45 | Tópico: Poemas


Lírio ingénuo

Livre rosa que cresceu em felicidade
Nesse recanto onde se aloja a saudade
Se guardava, onde se guarda a mocidade
Nessa cidade, da blusa em tenra idade

Vestia-se de mini-saia, sem o frio
Onde modelava o seu corpo esguio
Refugiada do tempo em que partiu
Lírio ingénuo, no rosto que sorriu

Na verdura passeava à beira rio
No receio que tinha na noite escura
Seus olhos revestidos por um estio

O medo era fantasma sem armadura
Conchinhas, guardava em rocha pura
Ainda corre, na saudade da formosura

Cristina Pinheiro Moita




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