Florestas brasileiras

Data 31/05/2011 03:13:23 | Tópico: Poemas

Florestas brasileiras que se danem – Lizaldo
Haja matas
Haja rios
Haja biodiversidade
Haja vidas nos cios
Haja alegria
Haja Poesia
Vão lá e matam
Naõ tem perdão
Tudo é má sorte
Nas bandas do norte
O Campo tá minado
Tanta guerra camponesa
Ninguem aguenta
Que pena
Não mais beleza
Eram uma vez florestas
Pintando bandeiras
Com azuis
Amarelo
Verde cana
Brancas por paz
Querendo mais
Saltando aos olhos
Na terra da mulata do condor
Só amores
Nas aquarelas brasis
Nem os pampas
As amazônicas
As pantaneiras
Arbústeas
Robustas
Branquinhas na linha do Equador
Brasileiras
Podem pintar direito
O agro
O fogo
A foice
O machado
Junto com ardo moto serra
O ardo negócio
Não perdoam
Já há um novo fogo sobre terra
Semeiando pavor
Alguma coisa anda fora da ordem
Sem duvidas
Só desordem nas ondas federais
Pra que água pura nos rios
Caatingas
Atlânticas
Manguezais
Nunca mais
O verde monetário é mais forte
O Código dá nejo
É sangrento
Urubuzda rodeia os mortos
As cores da bandeira não representa
As matas
O amarelo das belezas e riquezas
O vermelho do sangue manchou
Como homenagem
Ás tantas causa perdidas
Vidas ceifadas
Vencidas
Marcadas sem dúvida alguma
Pela lei do assassino
Do mandante
Foi só mais um casal de castanheiros
Brasileiros
Mortos aos montes
Pelo agronegócio
Consocio macabro
De injustiça
Pistolagem e latifúndio
Imundos
Mais um episódio
Contado em versos o prosa
Na trágica epopéia
Da sangrenta saga amazônica
Quem canta e não espanta
Esse mal
É o senhor Vital Farias
Apesar de fatídicos momentos
A defesa da floresta continuará
No reino de influencias
Chico Mendes tá de prova
Naquelas terras tem cova
Gente matada
Enterrada
No chão
A história repete se
Com choro
Em couro
Ecoando na mata
Tudo é revolta
Dia a dia
Faltam direitos
Humanos
Ambientais
Sociais
Humanismo
Cristianismo
Brasilidade
Sobra covardia
Justiça mesmo
Só para quem
Tem $$$$$$$$$$$$$$$$
Nunca chega
Pra Zé vinténs



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