Meu bem-querer, enches-me de emoção, quando te chegas a mim para me procurar, e com toda a comoção de teu coração, um beijo relevante e altruísta me vens dar.
  Recebo-o como o bem pouco que me sobeja, divagando nos sonhos que nos adornam, e teus lábios são como as belas cerejas, que se põe como brincos que se exploram.
  Belos jardins florescidos e coloridos nos visitam, mostrando toda a sua beleza sem ter par, e as nossas ilusões prementes nos requisitam, abrindo as portas a embelecer o nosso lar.
  Flores e plantas nós colhemos por assunção, fazemos um belo ramalhete de jasmins, e com toda a devotada e subtil agitação, pousamos na mesa algumas opalas de arlequins. 
  Satisfeitos sentamo-nos no sofá a conversar, e enquanto falamos de coisas corriqueiras,  um abrangente abraço soubemos conquistar, e damo-lo das mais diversificadas maneiras.
  Um silêncio toma conta de nós devagar, e o respeito é recíproco e envolvente, nunca do nosso amor houve duvidar, pois que ele coadjuvado pelo que é permanente. 
  Rompido o silêncio em que nos soubemos, com as palavras que se dizem sem se dizer, fomos tudo o que aqui propusemos, fomos o som que não quisemos romper. 
  E levantando-nos, de mãos nas outras dadas, saímos de casa muito mais cientes, das palavras que então não foram faladas, pois agora somos muitos mais coerentes.
  Jorge Humberto 01/06/11 
  |