Choro artístico

Data 03/06/2011 21:17:06 | Tópico: Sonetos

Desprendem-se as frias lágrimas
D’ olhos pungentes e irracionais
De tão salgadas são como cristais
Afogam-se versos entre rimas

Lesta é a dor da desolação
Alastra feito epidemia
Tal como o poeta temia
É flecha cravada no coração

Já o soneto respira mágoa
Devastado crê-se imperfeito
É inglês, belo, são e escorreito
Reflexo dos meus olhos d’água

Impõe-se o soluço no dístico
Nada com’um choro artístico




Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos natural: Setúbal



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