SEM OLHAR ATRÁS

Data 05/06/2011 16:03:55 | Tópico: Poemas

Entre um golo de Baileys e um tique-taque, matei-te. Deixei-te à deriva no onirismo insano em que pairávamos, e decidi alcançar a porta da razão, subi degrau a degrau, de olhar inviezado, na esperança louca de te ver surgir entre as nuvens de areia. Hesitei por um momento, quando cheguei ao limiar ténue entre o sonho e a vida, mas tive que ser mais forte do que eu: chamei-me bem alto pelo nome, trepei o último degrau, larguei o copo, olhei o relógio e desatei a correr por mim. Desta vez sem olhar para trás.


21/04/2011



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