DURMO À BEIRA MÁGOA

Data 07/06/2011 16:26:12 | Tópico: Poemas -> Tristeza


Deito minhas lástimas à beira mágoa,
atormenta-me esta desavença,
e tenho meus olhos rasos de água,
que não têm nenhuma valença.

A frustração trai-me e me incomoda,
sou a própria ironia em pessoa,
minha vida sacia-se e acomoda,
do que em mim simplesmente ressoa.

Nas paredes assimétricas de minha aflição,
toda a fútil infelicidade me seduz,
e eu não tenho mais nenhuma emoção,
tudo em mim é vacuidade e reduz.

Tento um golpe de asa sem olhar pra trás,
chamar o amor que tudo reluz,
mas infelizmente nada me satisfaz,
caminho tristemente em contra luz.

Jorge Humberto
07/06/11



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=188686