Hoje encontro-me relaxado, nada me fará sair do sério, é um facto consumado, mesmo que venha de lá o impropério.
Nada de bravatas ou conflitos, atropelos ou insinuações, não quero ter a ver com atritos, de mal afamados corações.
Estou feliz e por isso escrevo, o que o pensamento dita, e se nos versos me descrevo, é porque não há nenhuma desdita.
Quero ter a ilusão do amor, compartilhado pelos demais, numa fresca manhã de alvor, evitando o desprezo e o somais.
Quero na boca o coração, sentir-me humilde com prazer, e ter mesmo à minha mão, um pedaço de bem-querer.
Brincar com as generosas crianças, apanhar uma flor no jardim, e manter as minhas esperanças, de que o algoz da natureza terá um fim.
E quero que a minha emoção, não seja transtorno para ninguém, bate e repica o meu coração, querendo ser útil para alguém.
Hoje estou comigo em paz, meus devaneios não cabem, e se para os outros tanto faz, é porque eles lá bem o sabem.
Eu vou ali para o cantinho, para poder rever estes versos, bem aconchegado, sossegadinho, afastado dos meus inversos.
Jorge Humberto 09/06/11
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