APELO CONTRA A INVERNADA

Data 09/06/2011 20:05:03 | Tópico: Poemas


APELO CONTRA A INVERNADA

Que a mecha d'um genuíno
Fogacho de febre
Se acenda
No meu cérebro
(Dizimando loquazes neurônios)

Que uma venda tricotada
D'um novelo de luz
Pouse atada
Sobre os olhos meus
(Pr'a que não cerrem jamais)

Que eu não me permita
Calcinar ou cegar
O condão das palavras
De oco ardor e fulgor...
(Fiquem cá, requietas - em dissonante paz)




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