Dormes teu alento no meu peito, sinto-me feliz por te ver protegida, teu sono é suave, deitada no leito, tendo por teu acosto, minha guarida.
Vejo-te dormir nesse sono quieto, e minha mão acaricia teu belo rosto, acordado nesta noite sinto-me desperto, teu corpo tem a primazia do mosto.
Pálpebras inquietas indiciam que sonhas, com lindos jardins e o nosso amor, princesa, minha, que tuas mãos ponhas no sonho, e faze dele todo um esplendor.
De peito para cima, tuas mãos em cruz, no regaço pousam o seu devido descanso, continuas a sonhar, talvez com Jesus, e eu de olhar-te nunca mas nunca me canso.
Lá fora a noite está toda iluminada, candeeiros rivalizam com a nossa lua, e olhando-te, dormindo, vejo-te encandeada, pela luz, que no alto céu, vai nua.
E em sobressalto despertas da ilusão, que se tem ao sonhar com as coisas, ouço bater sossegadamente teu coração, e tua mão no meu ombro poisas.
Sorris para mim qual uma linda criança, falas de arco-íris e de coisas significantes, foi do sonho a tua eterna esperança, de que as gentes não sejam insignificantes. E assim passamos o resto da noite a falar, de coisas importantes e deslumbrantes, e é cada vez maior a minha vontade de te amar, sorrisos compenetrados em nossos semblantes.
Jorge Humberto 15/06/11
|