Abrigo

Data 17/06/2011 21:33:59 | Tópico: Sonetos

Abrigo meu de todas as tormentas.
Mais uma vez retorno são e salvo.
Eu perguntei ao vento: _ Por que ventas
Na direção contrária do meu alvo?

Abrigo meu, resposta tive exata.
Numa lufada forte em assobio
O vento sugeriu: _ Não te maltratas,
Ajusta as velas na direção do estio.

Assim o fiz então resignado.
E agradeci ao vento pela sorte
De entender tão nobre melodia.

Orei por fim ao ter reencontrado,
Depois de ter lutado à clava forte,
O meu abrigo (água que sacia).


Frederico Salvo


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