Não consigo olvidar aqui teu rosto, bem sabes que ele sempre estará presente, e o teu sabor, que é igual ao do mosto, faz-me amar-te profundamente.
Teus olhos melífluos deixam-me encantado, são de mar, quando este enrola na areia, e brilham como num céu deveras estrelado, e quando se encontram nos meus, são qual teia.
Teu sorriso contagiante a todos influencia, é de uma certeza, de todo o tamanho, e tu sorris, a bom sorrir, para mim, noite e dia, como era apanágio, nos tempos de antanho.
Lábios sedosos, molhados, são uma heresia, para um pobre desgraçado como eu, que vive de viver apaixonado, todo o dia, procurando encontrar o que é de seu.
Os seios são como as colinas, dependuradas no rio, artes e graça feminina, em toda a sua ilusão, e no inverno, mais rigoroso, não tenho frio, quando encosto minha cabeça, à tua concepção. Teu quadril femíneo é de hierática mulher, tuas coxas são como cisnes, que vão na água, e teus pés fazem inveja a uma qualquer, de tão esbeltos e perfeitos… vives sem mágoa.
Esta é a senhora, por quem eu me apaixonei, desde o primeiro dia, em que com ela me vi, se alguma coisa, para trás, deixei, não se chama amor, aquele que tenho por ti.
Jorge Humberto 19/06/11
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